“Dicionário de Política”, …

“Dicionário de Política”, da Editora UnB, ganha edição atualizada

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Publicado pela Editora UnB no final do ano passado, em sua 14ª edição no Brasil, “Dicionário de Política”, de autoria de Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, e traduzida ao português por Anna Palma, é a maior referência sobre o sistema de significados de palavras. O livro mostra como elas não são imutáveis e ahistóricas, ou como disse Gianfranco Pasquino em sua apresentação da obra, “algumas são efêmeras; outras parecem destinadas a durar; outras ainda merecem ser explicadas de outro modo”. Pasquino declara ainda que “os conceitos sempre merecem ser definidos com atenção a sua história e precisão em relação a seus conteúdos”. Nesse sentido, o “Dicionário” procurou incluir todas as palavras importantes da política.

É possível entender a publicação deste importante material como uma tarefa histórica a que se dedicaram seus autores com a preocupação de levar em consideração novos fenômenos políticos. Neste sentido, entendeu-se para esta nova edição a compreensão da atualização sobre o que emerge continuamente na política em problemáticas contemporâneas, o que implicou a retirada de alguns verbetes e o acréscimo de vinte novos que contemporizam a obra.

A trajetória biográfica e intelectual de seus autores já diz muito sobre esta obra e concentra aspectos importantes dos fatos históricos vivenciados por eles. Além de expressar formas de pensamento que o sistema político promove e os seus usos sociais, este “Dicionário de política” nos ensina a pensar a respeito da política e “deveria servir, por um lado, para preencher um relevante vazio analítico e de conhecimentos e, por outro, para ‘sistematizar’ com precisão os termos científicos do léxico político, usados frequentemente com muita superficialidade”, esclarece Pasquino. Se mostra, assim, “capaz de responder a muitas das clássicas perguntas sobre a política”, evitando, assim, a trivialização das críticas, principalmente nesta época de superficialidade dos sentidos da vida e de banalidade em que vivemos, correlata da vulgarização das redes sociais.

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