Argos destaca lançamentos disponíveis para download
A Argos – Editora da Unochapecó está com uma série de novos lançamentos que podem ser baixados em seu site. Ao todo são 8 obras das mais diversas áreas do conhecimento. Confira sobre o que trata cada uma:
- Linchamento de Chapecó 1950 transcrição do processo-crime 183/1950
- Organizador: Eduardo Sens dos Santos
Esta publicação tem múltiplos objetivos. É homenagem, uma homenagem sincera e calorosa a um dos grandes nomes do Ministério Público catarinense. É construção, à medida que edifica mais um andar na História do nosso Ministério Público. É orgulho, sim, transbordando do peito, orgulho ao exibir uma instituição bicentenária que desde sempre agiu em defesa da sociedade e da justiça, como provam os autos que o leitor agora tem em mãos. E é, por fim, valorosa contribuição à cultura, porque o acesso a registro de tamanha magnitude nas mãos de pesquisadores, cientistas sociais, historiadores permitirá novas e constantes releituras da nossa História. (Eduardo Sens dos Santos - Coordenador dos trabalhos).
- Resenhas da Chape: para ler e se divertir
- Autor: Rodrigo Goulart
A Associação Chapecoense de Futebol completa 50 anos. Veio ao mundo no dia 10 de maio de 1973. Este livro é, principalmente, uma singela homenagem do autor para o cinquentenário da Chape. Cinquenta anos não são 50 dias. Graças a muitos que se dedicaram de corpo e alma, a agremiação do oeste catarinense rasgou as décadas de 1970, 1980, 1990, 2000, 2010 e já está na terceira década do século XXI. A ideia central do “Resenhas da Chape” é mostrar para o Brasil e o mundo um Verdão que poucos conhecem. O livro exibe as entranhas da agremiação.
- Travessias: tensões da Belle Époque, raízes do contemporâneo
- Organizadores: Carmem Negreiros; Fátima Oliveira; Jean Pierre Chauvin; Mónica Vermes; Ricardo Carvalho
A produção literária, cultural e artística entre 1890-1920 reunida sob o termo “Belle Époque” é representada na historiografia com um pálido traço que sugere transição, incompletude, falta ou falha. Mas o período é marcado pela multiplicidade de fenômenos heterogêneos, e concomitantes, próprios da temporalidade que se pode chamar moderna.
Este livro apresenta a atuação de artistas, escritoras e escritores da “Belle Époque” abertos a experimentações estéticas, com renovação na linguagem gráfica, visual, literária e artística em meio a manifestações de movimentos de mulheres e operários, guerra imperial, lutas da população marginalizada contra a opressão da ordem (expressa na força policial ou no aparato médico-judiciário), ao lado de propostas de muitas utopias sociais.
- Práticas educativas em ensino de ciências
- Organizadoras: Maria Bernadete Pinto dos Santos, Florence Moellmann Cordeiro de Farias e Joana Guilares de Aguiar
Esta coletânea apresenta, ao longo dos seus 13 (treze) capítulos, abordagens de temas concernentes aos processos e estratégias de ensino e aprendizagem de conceitos científicos à luz dos pressupostos teóricos da aprendizagem significativa, da concepção freireana da educação dialógica e libertadora e da transdisciplinaridade. Há também as contribuições relativas à utilização de recursos midiáticos para o Ensino de Ciências como as tecnologias de informação e comunicação, história em quadrinhos eletrônica, livro paradidático e uma análise semiótica do potencial de animês e mangás para criação de produto educacional. Destacamos também a discussão dos pressupostos teóricos-metodológicos da aprendizagem colaborativa e a contribuição histórico-cultural de Vigotski para o Ensino Ciências/Química.
- O outro Bispo Berkeley
- Autor: Costica Bradatan
Conhecido pela defesa do imaterialismo, o filósofo irlandês George Berkeley (1685-1753) fez importantes contribuições para várias áreas fundamentais da filosofia (metafísica, filosofia da ciência, filosofia da matemática, filosofia da linguagem, filosofia da religião, economia, política e moral). Essas contribuições se destacam pela originalidade, rigor argumentativo e impressionante vitalidade, prestando-se a inúmeras leituras analíticas contemporâneas. Este livro, no entanto, oferece um retrato diferente da imagem tradicional apresentada pelas leituras predominantes. Costica Bradatan procura identificar as principais fontes históricas – a tradição platônica, as tradições teológicas dos padres da Igreja e da escolástica medieval, o Liber Mundi, o conhecimento arquetípico, a alquimia, a busca do “paraíso terrestre”, o utopismo, o catarismo – que contribuiriam para a formação do pensamento filosófico de Berkeley. A nova imagem que este livro nos apresenta é a de um pensador profundamente mergulhado nas antigas tradições religiosas, espirituais e filosóficas, uma imagem mais completa e mais confiável de George Berkeley e de seu lugar na história do pensamento filosófico.
- Artes de querelar: autoridade e controvérsia na França dos séculos XVI e XVII
- Autor: Luiz Cesar De Sá Júnior
Luiz César de Sá se interroga neste livro sobre as técnicas letradas na base do funcionamento de querelas da França dos séculos XVI e XVII. Os métodos empregados na análise de escritos do período revelam as condições efetivas de produção de controvérsias, com o que se pode evidenciar que mesmo as imprecações mais inflamadas consistiam em modos de testar a eficácia de ações discursivas colocadas a serviço de lutas por legitimidade. Nessa perspectiva, o trabalho das controvérsias era estimular reconfigurações dos espaços de prestígio através de sua própria encenação, procurando impor àqueles considerados indignos delas o silêncio dos que devem ser esquecidos. Mapear os vetores de disputas assim instituídas é a tarefa levada a cabo em Artes de querelar.
- A presença da voz: ensaios sobre encenação mística colonial
- Organizadora: Andrea Daher
Por mais familiares que os termos estampados no título deste ensaio possam parecer, atestam a grande distância que nos separa de um passado em que a conveniência necessária entre as palavras e as coisas estava exposta não apenas aos olhos, mas também aos ouvidos.
- Efeito de escândalo: literatura e artes no Brasil contemporâneo
- Organizadores: Andrea Daher e Henrique Buarque de Gusmão
Os estudos aqui reunidos demonstram as tantas possibilidades analíticas que se abrem quando observados os casos de escândalo nas artes e nas letras brasileiras. Por diferentes caminhos, as situações estudadas formam redes que articulam personagens da vida cultural e política, confrontam projetos distintos, põem em relação obras e artistas, formando uma dinâmica própria aos casos, que, decerto, surgem como atraentes aos olhos dos estudiosos de um fenômeno social como o escândalo. Mais ainda, escapando aos determinismos didatizantes do estabelecimento de escolas e de linhagens tradicionais superadas, tão recorrentes nos estudos culturais, o escândalo tomado como efeito permite pensar inúmeras injunções inéditas que relacionam a produção e o consumo das obras. A vitalidade destas contribuições constitui uma via de acesso privilegiada para a articulação entre as formas artísticas e literárias particulares e as lógicas do mundo social, nem sempre reveladas, em que fazem sentido. Um sentido tantas e tantas vezes escandaloso.