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EdUERJ lança obra sobre impacto do indigenismo na formação do País

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Na quinta-feira, 12 de dezembro, a Editora da UERJ lança “Civilização e revolta: indígenas e indigenismo na formação do Brasil”, de Izabel Missagia de Mattos. Na ocasião, será realizado um debate com a presença da autora, e também do professor da UERJ, José Ribamar Bessa Freire, e do jornalista/escritor, Bernardo Esteves. O lançamento ocorre às 17h, na Casa de Leitura Dirce Côrtes Riedel, na Rua das Palmeiras 82, em Botafogo, Rio de Janeiro (RJ).

Na confluência entre a antropologia e a história, o livro analisa as transformações socioculturais e linguísticas que envolveram, no século XIX, os Borum, população indígena habitante de Minas Gerais. O estudo conduz a uma reflexão sobre as lógicas de civilização que moldaram a história da sociedade brasileira, e que visavam a um ideário de nação, homogênea e excludente, como pressupostos para o ingresso na modernidade. A pesquisa abrange do período imperial às primeiras décadas do regime republicano.

“Civilização e revolta” revela o protagonismo e as estratégias de guerra dos Borum diante dos impactos da política indigenista de então. Entre os atos de resistência, destaca-se o histórico conflito ocorrido no dia 24 de maio de 1893, no aldeamento de Itambacuri, em Minas Gerais. Os Borum intentaram tomar a administração do aldeamento, há vinte anos a cargo dos missionários capuchinhos italianos, submetidos à política indigenista do Império.

A leitura da publicação da EdUERJ é indicada a quem deseja se aventurar por uma trilha da história do Brasil, por meio dos relatos e testemunhos indígenas - e de outros atores - que ainda ecoam, apesar do legado de massacres, doenças e fome deixado pelas políticas de perseguição, catequese e “pacificação”.

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