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Edufba lança livro sobre trajetória do político Antônio Carlos Magalhães

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Tem sentido conhecer o percurso político de Antônio Carlos Magalhães (ACM) 17 anos depois de sua morte? Para Paulo Fábio Dantas Neto, sim. Ele lança “ACM político baiano-nacional: cronologia de um fato consumado”, pela Edufba na próxima sexta-feira (1º). O novo livro de Dantas trata da trajetória do político, pedaço importante da história da Bahia e, em certa medida, do Brasil, mostrando como foi possível pessoas e instituições serem geridas com base em uma concepção política subordinada a uma visão de mundo particular, autoritária e oportunista. O lançamento ocorre na Antessala do Reitor, na Reitoria da Ufba (Campus Canela), em Salvador (BA), das 17h30 às 21h30.

O livro narra e interpreta a trajetória de ACM, político baiano-nacional. Sem pretensão explicativa, admite a pluralidade de visões sobre um personagem cuja originalidade não permite enquadrá-lo em esquemas conceituais prévios. Embora não seja propriamente singular, porque compartilhou uma atitude política recorrente na história brasileira, uma marca distintiva é a política carlista ter sido, simultaneamente, um caso exemplar e peculiar de ação estratégica. A extensão temporal e a relevância política do enredo não fazem desse ator nada que se assemelhe a um imortal. Consumida em sua plenitude mundana, sua vida política teve começo, meio e fim. Justifica-se plenamente uma cronologia, para se seguir consumindo o fato consumado.

Nascido como seguimento de livro publicado em 2006, cujo marco temporal cobre basicamente o "primeiro carlismo", estamos aqui diante de muito mais do que mera "cronologia" do largo percurso posterior ACM nos momentos decisivos da história política do seu estado e do país. Paulo Fábio, na verdade, continua seu tour de force anterior, retratando a construção lenta e contraditória de um "idioma baiano-nacional", a marca registrada com que ACM foi além do dialeto local – que, no entanto, permaneceria como substrato e sotaque – e alçou-se a uma condição muito mais alta do que a de mero chefe político provinciano.

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