Robert Sayre e Michael Löwy exploram a relação entre romantismo, capitalismo e ecologia em lançamento da Editora Unesp
A partir de uma ampla variedade de expressões da cultura romântica em diferentes áreas, como relatos de viagem, pintura, visões utópicas, estudos culturais, filosofia política e literatura ativista sociopolítica, Robert Sayre e Michael Löwy examinam as conexões profundas entre a rebelião romântica contra a modernidade e a preocupação ecológica com as ameaças modernas à natureza. Essa é a gênese do mais recente lançamento da Editora Unesp, a obra “Anticapitalismo romântico e natureza: o jardim encantado”.
A fim de dar visibilidade às profundas conexões intelectuais, culturais e emocionais entre a rebelião romântica contra a modernidade e a preocupação ecológica com as ameaças modernas à “Natureza”, Sayre e Löwy buscam demonstrar as ligações essenciais entre romantismo, anticapitalismo e ecologia, expressando-se em formas culturais e contextos históricos muito diferentes. No entanto, partem de uma concepção de romantismo que extrapola as definições deste período como movimento literário circunscrito ao período entre o final do século XVIII e início do século XIX.
A obra, de grande interesse para estudantes e pesquisadores da ecologia, do romantismo e da história do capitalismo e para o público em geral, demonstra sua grande dose de originalidade a partir do fato de ser um dos primeiros estudos a sugerir uma visão muito mais ampla da relação romântica com o discurso e a representação ecológica, cobrindo uma ampla variedade de criações culturais e assumindo o romantismo como uma crítica cultural, ou um protesto contra a modernidade capitalista-industrialista, em nome de valores passados, pré-modernos ou pré-capitalistas.
O livro está disponível para compra no site da Editora Unesp.