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Obra da Editora Unesp traz raízes teológicas da filosofia da história moderna

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Qual é o verdadeiro papel da história em nossa busca por significado? Ela segue uma direção linear, com um propósito definido, ou é apenas um registro fragmentado da experiência humana? Em “O sentido na história: os pressupostos teológicos da filosofia da história”, que acaba de chegar pela Editora Unesp, Karl Löwith aborda essas e outras questões ao investigar as bases teológicas que moldam a filosofia histórica moderna. Em uma análise que vai além das visões tradicionais, Löwith revela como a tensão entre fé cristã e racionalidade moderna expõe a fragilidade das tentativas de encontrar um propósito transcendente na história.

Para Löwith, a tentativa moderna de ver a história como uma sequência progressiva e significativa reflete uma ruptura com as concepções religiosas tradicionais, expondo a fragilidade de um entendimento histórico baseado unicamente na razão e na tecnologia. Em suas palavras, “a história, como registro parcial da experiência humana, é profunda demais e, ao mesmo tempo, rasa demais para evidenciar a humilde grandeza de uma alma humana” – uma perspectiva que evoca um olhar cético e uma desconstrução da interpretação fácil de um significado histórico predeterminado.

Sem oferecer respostas conclusivas, o livro coloca o leitor diante de um enigma: seria possível encontrar sentido em uma história que, muitas vezes, parece escapar à lógica e ao controle humanos? Ao propor uma leitura que se afasta da imposição de significados ou finalidades racionais, Löwith convida à introspecção e à busca por um entendimento da história como uma experiência humana – permeada por incertezas, contradições e o eterno desafio de um sentido transcendente.

“O sentido na história” propõe, assim, uma reflexão sobre a humildade intelectual e a resignação como vias para compreender a história, onde ceticismo e fé se encontram na rejeição de presunções fáceis. Assim o The New York Times classificou seu trabalho: “Löwith demonstra que a história não é apenas um amontoado de fatos, mas sim um palco para a ação humana, onde passado, presente e futuro se entrelaçam de maneira complexa.”

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