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Obra da Eduff analisa papel de Villa-Lobos na diplomacia cultural do Brasil

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Em “O maestro do mundo: Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e a diplomacia cultural brasileira”, publicado pela Eduff, o historiador Pedro Belchior pesquisa as relações entre música, sociedade, política e relações internacionais em meados do século XX, a partir da trajetória do compositor brasileiro. A obra, publicada em e-book, está disponível para download gratuito no site da editora.

Por diplomacia cultural entende-se a ação de grupos sociais (escritores, jornalistas, professores, pesquisadores, músicos e artistas plásticos) nas relações internacionais de um país, mesmo que isso não ocorra de forma oficial. O lançamento da Eduff está centrado no papel de Villa-Lobos e de outros músicos envolvidos com a difusão da produção cultural brasileira no exterior e a relação que estabeleceram em outros países, especialmente, nos continentes americano e europeu.

O autor analisa de que forma o maestro inseriu-se na produção de consensos e dissensos sobre a música no contexto internacional. Belchior também busca restabelecer o processo pelo qual o compositor tornou-se “embaixador musical” brasileiro no exterior e como essa atividade expressou interesses do Estado e dos músicos eruditos, além, é claro, dos interesses pessoais e profissionais do próprio músico, que desejava conquistar novos mercados, para além do reduzido campo da música erudita no Brasil.

A pesquisa em que se apoia o livro é baseada essencialmente em acervos de diferentes tipologias sob a guarda do Museu Villa-Lobos (correspondência, recibos, contratos, anotações pessoais, programas de concertos e recortes de periódicos, além de obras biográficas e textos diversos sobre o compositor) e os memorandos e relatórios da Divisão Cultural do Itamaraty entre 1937 e 1959, sob a guarda do Arquivo Histórico do Itamaraty, no Rio de Janeiro, além de documentos expedidos e recebidos por representações brasileiras em cidades visitadas por Villa-Lobos, em especial Buenos Aires (1935), Berlim (1936) e Montevidéu (1940).

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