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“Plantas aquáticas do Brasil”, da Editora UFV, é obra pioneira

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De árvores submersas com dezenas de metros de altura a exuberantes vitórias régias, espécies provenientes de todas as regiões brasileiras são investigadas, pela primeira vez, numa mesma obra dedicada ao assunto. “Plantas Aquáticas do Brasil”, que acaba de ser lançado pela Editora UFV, torna-se pioneiro não apenas pela abrangência nacional, mas também devido à amplitude de sua fundamentação – que inclui um banco de dados contendo mais de 23 mil registros.

Resultado do trabalho de mais de 30 pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o livro traz nove capítulos – cinco dos quais especificamente dedicados a cada uma das regiões do país. Apresenta, ainda, extensivo histórico dos estudos acerca do assunto, uma revisão sobre as formas biológicas das plantas e, também, acesso ao repositório digital de dados e informações sobre linhas de pesquisa, pesquisadores e instituições às quais estão vinculados.

A inédita lista completa, contendo 2818 espécies de plantas aquáticas de água doce, chama atenção pela variedade. A menor delas, por exemplo, é a lentilha d’água – quando adulta, mede apenas um milímetro, passando toda a sua existência flutuando. Outras, fixas, são gigantes e com adaptações possibilitando uma vida "anfíbia", como diversas árvores amazônicas. Nos pampas gaúchos, no vistoso pantanal ou mesmo na árida caatinga, exemplares permanentes e sazonais se misturam e compõem a flora mais diversa do planeta.

Outra novidade está no capítulo sobre classificação de áreas úmidas no país, compreendendo brejos, turfeiras, mangues, lagoas – mesmo aquelas costeiras, com alguma salinidade –, campos alagáveis, rios, além de construções humanas como açudes e represas. Ao longo de suas 258 páginas em tamanho A4, o leitor encontra, na obra, dezenas de ilustrações tanto de espécies quanto de ambientes aquáticos presentes em todo o território nacional.

O livro é editado por três pesquisadores. Um deles é Marco Otávio Dias Pivari, doutor em Biologia Vegetal (UFMG), professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e curador do herbário do Parque Estadual do Rio Doce, já tendo atuado como coordenador nacional do Núcleo de Especialistas em Plantas Aquáticas (do qual é, atualmente, o coordenador na região Sudeste). Outro é o doutor em Ciências Biológicas – Biologia Vegetal (UNESP) Pablo Hendrigo Alves de Melo, que atuou na compilação e organização de uma base de dados funcionais de árvores no projeto Sínteses da Biodiversidade Amazônica. E também edita o gerente de projetos do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA-UNIFASF), Edson Gomes de Moura-Júnior, doutor em Biologia Vegetal (UFMG).

“Trata-se de uma obra de interesse para pesquisadores de botânica, biologia em geral, limnólogos, botânicos, zoólogos, todos que trabalham com áreas úmidas, consultores ambientais, ecologistas, além de um público não especializado que busque conhecimento fundamentado referente ao tema”, observa o professor Marco Pivari.

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