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Tenho AIDS mas sou feliz

Tenho AIDS mas sou feliz

EDUNILA
SINOPSE

A epidemia de AIDS revitalizou a dinâmica histórica colonialista e neocolonialista, e as regiões mais afetadas pela doença (a África Subsaariana, o Sudoeste Asiático e a América Latina), além de se manterem como as mais pobres e desiguais do mundo, precisaram lidar com a falta de infraestrutura na saúde, incluindo a escassez de profissionais especializados, medicamentos, equipamentos laboratoriais e ferramentas de diagnóstico (OMS; UNAIDS, 2006). Apesar dos avanços significativos na prevenção contra o vírus HIV e da acessibilidade a combinações eficientes de medicamentos antirretrovirais, a ampliação das estratégias ainda é precária e os financiamentos, doações e verbas nacionais e internacionais permanecem insuficientes diante dos desafios econômicos para promover tratamento adequado a todas as pessoas que convivem com a doença, principalmente no contexto global de iniciativas da saúde regidas pelo capitalismo. No mundo todo, em 2009, mais de cinco milhões das aproximadamente 9,5 milhões de crianças e adultos com HIV ou AIDS necessitadas de medicamento antirretroviral (ARV) não tiveram acesso ao tratamento (OMS; UNAIDS; UNICEF, 2009). Assim como em outras regiões, os acadêmicos da América Latina manifestam preocupação acerca de questões como cobertura, equidade e sustentabilidade do tratamento (BASTOS; CÁCERES; GALVÃO; VERAS; AYRES, C., 2008), considerando que as diferenças de preço no medicamento ARV resultam de difíceis negociações que países, agências e regiões têm que travar com a indústria farmacêutica. O Brasil, país latino-americano conhecido tanto pelas profundas desigualdades históricas quanto por seu crescente papel de influência na economia mundial, tem respondido, nos últimos anos, à epidemia de AIDS de uma maneira que está alterando a compreensão da doença em outras nações e agências internacionais e os modos como lidam com os desafios impostos por ela. A história brasileira demonstra que uma estratégia sólida de combate à AIDS deve incluir, além de ações inovadoras e prevenção constante, a garantia do Estado em providenciar o direito irrestrito à saúde, o que significa prestação gratuita de serviços médicos a todas as pessoas que vivem com a doença ou com o vírus HIV, incluindo o acesso aos tratamentos mais avançados nas redes da saúde pública.

  • : 17/11/2022
  • : ABADÍA-BARRERO, Cesar Ernesto
  • : 1
  • : 978-6-58-634223-9
  • : 415
  • Peso:350 g
  • Altura:15 cm
  • Largura:15 cm